terça-feira, 13 de abril de 2010

História da Moda / Fashion People: Nancy Cunard




Muita gente não a conhece no Brasil, mas deveria conhecer. Nancy Cunard nasceu em 10 de março de 1896 (era pisciana!) numa família inglesa da alta sociedade, mas rejeitou os valores ensinados por ela e passou toda sua vida lutando contra o racismo e o facismo.

Se mudou para Paris durante os anos 20 e se tornou a musa de grandes artistas e escritores da época, como Aldous Huxley Tristan Tzara, Ezra Pound, James Joyce, Constantin Brancusi e Man Ray. Se envolveu com os movimentos literários e artisticos como o Modernismo, o Surrealismo e o Dadaísmo. Grande parte dos seus poemas datam desta época.

Em 1927 abriu uma editora chamada The Hours Press e com ela trabalhou para que novos editores pudessem receber um melhor pagamento por seu trabalho. Sua editora ficou conhecida pela alta qualidade de impressão de seus livros.

Em 1928 ela começou um relacionamento com o músico africano/americano de jazz Henry Crowder e nesta época começou atrabalhar contra o racismo e a favor dos direitos civis nos Estados Unidos fazendo sua primeira visita ao Harlem.

A partir de meados de 30, Cunard começa uma empreitada contra o facismo, escrevendo sobre a Guerra Civil Espanhola e Mussolini. Seu envolvimento político foi tanto que ela conseguiu modificar o pensamento da sociedade sendo mencionada até no Manchester Guardian.

Seu envolvimento político durou até o fim de sua vida.

Falando de Moda



Seu estilo se tornou famoso durante a década de 20 e seus bangles (braceletes) criaram um desejo que parece ter sido passado de geração a geração e que têm o poder de encantar até hoje. Estes braceletes passavam a imagem da mulher forte, independente, sofisticada e fora do comum que Nancy era. A força que ela levava dentro de si transparecia no olhar forte, cabelos muito alinhados e puxados para trás ou soltos em um corte chanel. Cunard foi uma mulher à frente do seu tempo, que se permitia pensar e agir em um mundo ainda muito dominado por homens e no qual ela soube se fazer ouvir.

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