Hoje é um daqueles dias que nós nem acreditávamos mais que chegaria. Oscar Niemeyer, um dos maiores arquitetos do país (e do mundo), faleceu ontem, deixando todo mundo com saudade. Digo todo mundo mesmo, porque a sua longevidade acabou aproximando-o de muita gente, mesmo anônima.
Nos últimos anos o arquiteto virou uma espécie de personagem do Facebook. Todo mundo dizia que qualquer pessoa poderia morrer, menos ele, porque a saúde era aparentemente de ferro e ele sempre dava a volta por cima de qualquer probleminha que aparecesse. Com isso ele virou figura constante nos milhares de murais da rede social e ganhou a simpatia até daqueles que não conheciam muito sobre ele.
Bom, para fazer uma homenagem merecida a Oscar, achei que o ideal seria mostrar parte da grandiosidade da sua obra, que permanecerá eterna.
As Curvas de Niemeyer
A marca mais importante da obra do arquiteto são as linhas curvas, que marcaram sua obra e são ainda hoje, extremamente modernas.
Edifício sede do Banco Boavista - Construído entre 1946 e 1948
Edifício Copan - Construído entre 1957 e 1966
Pavilhão da Bienal de São Paulo
Niemeyer em Belo Horizonte
Niemeyer foi amigo querido de JK e junto àquele que um dia seria o presidente do Brasil, realizou obras grandiosas, memoráveis e surpreendentes para a época em que foram construídas. Elas também são marcos da genialidade de grandes homens: a visão de Juscelino; a genialidade de Niemeyer, o talento de grandes gênios da pintura, como Portinari, e o olhar guiado pelo belo e moderno de Burle Marx.
Foi o responsável pelo complexo arquitetônico da Pampulha, além do Edifício Oscar Niemeyer.
Criada originalmente para ser o Cassino de Belo Horizonte (e o foi por alguns anos) esta construção fantástica é hoje o Museu de Arte da Pampulha. Os jardins esplendorosos são criação de Burle Marx, que viria a trabalhar com Oscar Niemeyer no projeto do Parque Ibirapuera (SP) anos mais tarde.
Vista frontal
Esta é a vista áerea do Museu. Como ele é praticamente todo de vidro (outra característica do arquiteto) a vista de todo o edifício é impressionante, por onde quer que se olhe!
Foto: Leonardo Coelho
Detalhe de um dos vãos laterais do Museu, do qual se faz possível ter uma vista ampla da Lagoa da Pampulha, de dentro e de fora do edifício.
A Casa do Baile foi outro projeto encomendado pelo então prefeito de BH, Juscelino Kubitchek. Como muitos sabem, o prefeito era um pé de valsa e encomendou a Niemeyer um espaço para ouvir boa música e dançar. Daí o nome da construção.
Foto: Leonardo Coelho
Foto: Leonardo Coelho
A Igreja da Pampulha
Esta é uma obra difícil de definir. Não há como dizer qual é a frente e qual é a parte de trás, tamanha beleza da construção e de todo o trabalho de pintura em azulejos e murais dentro e fora da construção. Para onde quer que se olhe, há um detalhe interessante para se ver!
Esta é a parte vista por quem olha a Igreja do outro lado da lagoa. Vocês podem notar os lindos azulejos pintados por Portinari no interior.
Olhando pela lateral, podemos notar que a construção é totalmente azulejada e por ser arredondada, recriando as formas da topografia de Minas Gerais, os azulejos dão a volta em toda a obra, recobrindo-a completamente.
Quem chega de carro, tem esta visão ao parar de frente para ela. É o painel de azulejos criado por Portinari, recriando passagens da vida de São Francisco de Assis, que dá nome à Igreja.
Difícil determinar qual é a parte da frente e qual é a de trás, com tanta beleza!
O Controverso Painel
Muito se diz sobre o painel interno da Igreja de São Francisco de Assis. Há uma história que diz que a Igreja demorou a ser consagrada por causa do cachorro que está ao lado de São Francisco no painel.
Balela. Na verdade ela demorou a ser consagrada por conta de um símbolo comunista, logo à entrada. Reparem no campanário (a torre abaixo).
Agora me digam se vêem alguma semelhança com a obra de El Lissitzky:
Enxergaram o construtivismo russo? Símbolo comunista? ;)
Edifício Niemeyer
Vista frontal do edifício
Detalhe visto de uma das janelas do edifício. Ao fundo, vista do Edifício MAPE de Sylvio de Vasconcellos, conhecido como edifício do Xodó.
Planta do Edifício Oscar Niemeyer
O Homem que construiu uma capital
Nada na obra de Niemeyer se compara a Brasília, tanto pela grandiosidade da obra quanto por ser responsável pelos principais símbolos de poder do país. Junto com JK, outro homem visiónário, Niemeyer alçou um vôo maior e depois de várias obras em Belo Horizonte, se aventurou a construir aquela que viria a ser a capital do país.
Palácio do Planalto -
Congresso Nacional - Desenhado em 1957 e construído em 1963
Palácio da Alvorada - concluído em 1958
Catedral Metropolitana de Brasília
Pedra fundamental lançada em 12 de setembro de 1958
Estrutura pronta em 1960
Inaugurada em 1970
Visão interna da Catedral
Memorial JK - inaugurado em 12 de setembro de 1981.
Outras obras de grande importância
Niemeyer construiu muitos museus em sua trajetória, entre eles:
Museu Oscar Niemeyer (Curitiba)
Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Niemeyer, junto a Burle Marx (mais uma vez) foi também responsável por um dos mais importantes patrimônios da cidade de São Paulo: o Parque Ibirapuera!
E aproveito para deixar um fragmento do vídeo "A vida é um sopro". História do arquiteto em vídeo.
Isso tudo que eu mostrei aqui não é nem um milésimo da vasta obra do arquiteto. Ele era genial e à frente do seu tempo. Sua obra mostra isso.
Ele viu a história, viveu momentos importantes, e agora é parte dela.
Hoje é sexta, está chovendo e dá aquela vontade de ficar quietinha na cama macia, cheia de cobertas (é, o friozinho veio com a chuva), comendo coisas gostosas. O que você comeria? Eu queria uma colherona de Nutella!
Quem me conhece sabe que eu não sou muito de doces; sempre prefiro coisas salgadas e cítricas, mas Nutella tem lá o seu lugar. É o que eu chamaria de comfort food; o objetivo não é propriamente nutrir, mas dar conforto.
Há alguns anos atrás eu li a seguinte história a respeito do produto: o Nutella foi criado em 1940 por Pietro Ferrero. É um creme feito de leite, cacau e avelãs, uma versão da gianduia, que foi criado na época da guerra para dar mais energia para as crianças, uma vez que o creme de chocolate puro era muito caro para a maioria das famílias naqueles tempos difíceis. A ideia foi criar um produto cremoso que pudesse ser passado no pão na hora do café, mas o creme é tão gostoso que atualmente é usado nas mais variadas receitas! O nome Nutella só surgiu em 1964; antes era "Supercrema", pelas suas qualidades nutricionais.
Se a história é real ou não, sinceramente não sei dizer. O que posso dizer é que Nutella é realmente gostoso!
Só para dar uma ideia - e água na boca - aqui vão algumas sugestões de uso:
Em cupcakes...
em brownies...
... decorando - (e dando mais sabor) - a borda de copos de licor e outras bebidas...
... na receita do merengue...
... passado no pão para o café-da-manhã ou lanche da tarde...
...como recheio de crepes...
... e aonde mais você quiser. Eu adoro misturar no café com leite. Vira capuccino! É o que estou fazendo agora. Nutella oferece mil e uma possibilidades, é só inventar. E vicia também!
O ideal é que não seja guardado em geladeira, para que não perca a cremosidade original.
Também é preciso lembrar que o produto tem alto teor de gordura e açúcar, então é preciso consumir com moderação. Nada de grandes doses diárias!
O Nutella faz o sucesso da marca Ferrero junto com os bombons Ferrero Rocher, os chocolates Kinder (Ovo, Bueno) e as pastilhas Tic Tac, para citar alguns.
Tudo começou ainda na infância, quando desde pequena eu ouvia meu pai perguntar a um tal de José o que deveria fazer quando tinha algum problema, ou mesmo só por perguntar;
Logo eu aprendi a ler e fiquei intrigada com aquela menininha que no restaurante queria porque queria comer uma lasanha com o pai, mas ele sempre se negava, até ser vencido pelo poder ultrajovem;
Mais tarde, lá pela sexta série, ele ajudou a convencer minha professora de português de que eu poderia usar o verbo "ter" ao invés do verbo "haver" para dizer que tinha alguma coisa em algum lugar. Drummond tinha me dado licença poética;
Já adulta, no teatro, ele me deu o braço, conversou comigo e me entregou histórias para dividir com o público, como aquela das duas moças ao telefone que têm uma grande conversa começada num engano.
Cada dia uma palavra, cada dia algo mais para aprender com ele.
Obrigada ao mestre Carlos Drummond de Andrade por tantos causos, contos e poesias que me acompanham e ainda hão de me acompanhar por toda a vida.
Quando me apresentei no teatro pela primeira vez, interpretei contos de Drummond. Foram vários. O meu foi Diálogo de todo dia, mas muitas outras histórias interessantes que interpretamos eu e meus colegas vos apresento aqui. Vale a pena contá-las e relembrá-las. Contos de Minas, de gente como a gente.
Se há uma mulher no mundo da arte capaz de causar verdadeiro frisson no público esta é Frida Kahlo. Mesmo muitos anos após sua morte, este mito segue sendo uma das artistas femininas de maior êxito no mundo. Causa verdadeira comoção qualquer nova notícia, livro ou exposição que traga um pouco mais de informação sobre ela. É o que tem acontecido nos últimos dois meses: desde que foi anunciada a exposição de seus vestidos (vários deles retratados em suas pinturas) o mundo inteiro enlouqueceu atrás de mais notícias. Aqui eu conto um pouco do que acompanhei sobre Frida, seus vestidos e Diego no decorrer dos últimos anos.
Há pouco tempo atrás tivemos a notícia de que os vestidos tão famosos de Frida, principalmente o que se vê na capa da Vogue abaixo, creio o mais enigmático de todos, haviam sido descobertos. Ficaram por anos escondidos de todos por ordem expressa de Diego. Após o falecimento de Frida, Diego guardou tudo o que dizia respeito a ela - fotos, roupas, objetos pessoais - em um banheiro, alguns baús e guarda-roupas espalhados pela própria Casa Azul, a casa em que viveram. Todas as peças que ela usava estavam lá: vestidos, rebozos, blusas, saias, meias, anáguas, camisas, calças, corsés e até trajes de banho. A ordem de Diego foi para que tudo permanecesse escondido por quinze anos e só então as peças poderiam ser mostradas ao mundo. Seu intuito era o de proteger a intimidade de Frida e a sua própria, até que nada daquilo pudesse gerar alguma ofensa ou tristeza a quem quer que fosse (caso de fotos, cartas, documentos, diários, obras e outros artigos que pudessem causar certo desconforto a pessoas próximas). Após estes 15 anos já seriam apenas História. As chaves dos quartos e baús foram confiadas a Dolores Olmedo, amiga de Diego e Frida, que por sua própria conta decidiu guardar tudo por 50 anos, e recentemente, mais precisamente em 2004, após a descoberta de todo o conteúdo, revelou todo o legado da artista. Chegou então a hora de dividi-lo com o grande público. O primeiro "filho" da descoberta foi o livro Frida Kahlo - Suas Fotos, que conta com a organização de Pablo Ortiz Monasterio. Nele é possível ver fotos de família, de sua Casa Azul, amigos, suas dores e amores. Imperdível para quem quer saber mais sobre esta mulher magnífica!
Agora é a vez de o Museo Frida Kahlo, em parceria com a Vogue México e alguns patrocinadores de peso apresentarem a partir do dia 22 de novembro deste ano a exposição "Las Apariencias Engañan: Los Vestidos de Frida Kahlo". A exposição acontecerá no Museu de Frida, que é na verdade a Casa Azul, a mesma em que ela nasceu, cresceu e morreu, em Coyoacán, na Cidade do México. O mais impressionante é pensar que tudo isto estava guardado lá por anos e ninguém sabia! Eu mesma passei por estes baús e armários e não imaginava que estivessem recheados com este tesouro!
A Vogue México lança também neste mês de novembro uma edição especial sobre Frida e a exposição de seus vestidos. Será um encarte especial da edição de novembro, na qual experts, curadores, artistas contemporâneos, historiadores e escritores tentam desvendar quem era essa mulher que tanto seduz pessoas ao redor do mundo.
O que mais me faz sorrir nesta edição é a escolha da capa. Muita gente diz por aí que "Frida deve estar se remexendo no túmulo por ser capa da Vogue". Bom, não seria a primeira vez que ela aparece nesta publicação. A história que conheço é a de que a foto usada para este especial é na verdade a capa original de uma edição de 1938 da Vogue US. Nela era apresentada ao mundo a mexicana que vinha revolucionando o mundo da arte. A imagem é de Nickolas Muray e foi feita para comemorar a primeira exposição individual de Frida nos Estados Unidos, que aconteceu na galeria de Julien Levy em NY, durante outubro e novembro do mesmo ano. Muito se diz sobre uma tal edição da Vogue Paris de outubro de 1937 da qual ela teria sido capa com esta imagem, mas a foto só foi tirada em 1938, como se pode ver neste link. A história da foto é verdadeira. Ela foi feita durante a época de sua exposição nos Estados Unidos. Só tenho minhas duvidas quanto a ela ter sido realmente capa da publicação. Sobre esta edição de Paris, muito se diz e pouco se sabe. Não encontrei em sua biografia nenhuma afirmação de que ela tenha sido capa da revista. Encontrei, por outro lado, uma carta de Frida a Nickolas Muray, autor da foto acima, sobre suas impressões dos franceses e garanto, não foram as melhores.
O site do Museu Frida Kahlo diz que sim, foi publicada uma imagem de Frida na revista (o mesmo se diz em sua biografia), captada por Toni Frissell, mas não dizem ser esta, tampouco dizem ter sido capa. Fica então mais uma história sobre a pintora. Para terminar, quem quiser entrar no clima mexicano e celebrar esta grande artista, é só copiar os famosos penteados cheios de flores de Frida Kahlo com o tutorial abaixo! Divirtam-se!
Para saber mais:
Exposición "Las Apariencias Engañan: Los Vestidos de Frida Kahlo"
Tudo começou com a sensação do óleo de Argan. Foi aparecer e nenhum cabelo foi o mesmo depois dele. Prometia deixá-los fortes, saudáveis e cheios de brilho. Desde então pipocaram produtos com este componente na fórmula.
Isso faz pouco mais de um ano e atualmente vemos outras fórmulas igualmente em óleo com novos componentes prometendo leveza (!!), brilho e proteção para os fios.
O mais anunciado atualmente - revistas, propagandas na TV, merchandizing em novelas é o Óleo Extraordinário da L'Oréal. Denomina-se "o primeiro tratamento universal", podendo ser usado antes do shampoo para proteção dos fios contra perda de nutrientes e cor; antes do secador para protegê-lo contra o calor; como finalizador, para acabamento perfeito. É composto por Óleo de Lótus (nutrição intensa), óleo de camomila (aumenta o brilho), óleo de tiare (monoï) (aumenta o brilho), óleo de mantricária ( amacia e suaviza a textura), óleo de rosas (protege das agressões externas) e óleo de linho (hidrata intensamente). Diz-se que é para carregá-lo na bolsa, para usá-lo a qualquer hora! Este eu ainda não experimentei, mas fiquei curiosa.
Óleo Extraordinário L'Oréal - R$ 30,50 (média)
Tenho usado atualmente o Moroccan Argan Oil (olha ele aí de novo!) da Avon Advance Techniques. Comecei a usar há uma semana e estou gostando bastante. Meu cabelo andava ressecado por conta de tintura e uso de secador, e agora começo a ver uma melhora. Costumo usar um pouco misturado ao creme de pentear. Espalho no cabelo todo e deixo secar naturalmente. Realmente não sinto o cabelo mais pesado, o que prova que os óleos atuais têm composições mais leves. Fiquei até com vontade de experimentar toda a linha.
Moroccan Oil Advance Techniques Avon - Média R$ 16,00
Costumo também lavar os cabelos uma vez por semana com um shampoo de limpeza profunda para retirar os resíduos, assim eles se mantêm leves, mas isso é assunto para outro post.
Ainda falando de óleos, a linha Nativa Spa d'O Boticário traz como novidade o Óleo Ultra Hidratante Monoï e Argan. É um tratamento intensivo para os fios, criado a partir do óleo de Argan, que é extraído do fruto de uma árvore do Marrocos, e do Monoï, que surge da maceração da flor de Tiare, do Tahiti. Promete reparar pontas e fios danificados, protegendo os cabelos.
Óleo Monoï e Argan - R$ 42,99
A cada dia que passa uma nova linha lança um óleo especial para os cabelos. A febre parece ter tomado conta do mundo inteiro, porque nas revistas internacionais também tenho visto matérias a respeito deles. Temos que agradecer às inovações da cosmética, que a cada dia traz mais novidades para nos deixar lindas!
Existem ainda muitas outras opções no mercado de várias marcas e para todos os bolsos. Estes acima foram os escolhidos pela facilidade de encontrá-los em qualquer parte do país, sendo que os dois primeiros podem ser encontrados em qualquer parte do mundo.
Quem não ama os desenhos da Disney? Acho impossível encontrar alguém que não tenha amado pelo menos um deles na infância. Eu nasci em 1980 e por isso acompanhei a trajetória dos anos de ouro das trilhas destes filmes, assim como os próprios desenhos e pude ver o salto de qualidade das imagens em poucos anos de novas tecnologias. Mas não é disso que falaremos hoje. O meu objetivo é mostrar como as canções se tornaram cada vez mais importantes e belas, chegando a vencer vários prêmios Oscar.
Para começar - temos que dizer - a Disney sempre trabalhou com os melhores. Não é por fazer filmes infantis que as canções não são de extrema importância. Na verdade elas sempre foram parte importante da trama, atraindo a atenção das pessoas e se tornando um dos personagens principais da história. As canções têm vida própria nos filmes, estão presentes nos momentos decisivos.
O meu primeiro grande querido - e continua até hoje - foi "A Pequena Sereia". Essa princesinha ruiva com rabo de peixe foi um marco na minha vida, tanto que eu tinha milhares de produtos ligados a ela (e que eu guardo até hoje de recordação).
Quando Ariel apareceu nos cinemas foi uma verdadeira comoção infantil. O filme fez um sucesso estrondoso no mundo todo e esta princesinha ruiva e rebelde continua até hoje sendo uma das princesas mais importantes, tanto que seu filme teve uma continuação e uma série de desenhos para a TV. Grande parte do sucesso desta animação se deve também aos personagens secundários, que roubam a cena em vários momentos, como o caranguejo Sebastião.
A Pequena Sereia já preparava o terreno para as grandes trilhas que viriam em seguida. O som que acompanha todo o filme é poderoso, dá caráter à história e as canções são fascinantes e inesquecíveis.
Com letras de Howard Ashman e música de Alan Menken, criou-se uma "imagem musical" para o filme, canções que já nas primeiras notas são facilmente identificadas pelo público.
Aqui, algumas das mais legais!
A Pequena Sereia - 1989
Part of Your World - Ariel (The Little Mermaid)
Esta todo mundo sabe!
Under the Sea - Sebastião (The Little Mermaid)
A minha preferida!
Kiss the Girl - Sebastião (The Little Mermaid)
A Pequena Sereia ganhou vários prêmios, entre eles:
Oscar:
Melhor trilha sonora
Melhor canção original por "Under the Sea"
Globo de Ouro:
Melhor trilha sonora
Melhor canção original por "Under the Sea"
Grammy:
Melhor canção composta para filme - "Under the Sea"
Ainda recebeu a indicação de melhor canção por "Kiss the Girl" no Oscar e no Globo de Ouro, além de melhor filme neste último.
Curiosidades:
Na cena de abertura, quando o Rei Tritão chega à arena, pode-se ver na multidão a presença de Mickey, Pateta e Pato Donald.
A cena final do filme foi a primeira de um longa-metragem a usar sistema de colorização por computados (Computer Animation Production System - CAPS)
O letrista Howard Ashman baseou-se na atriz Joan Collins e no transformista Divine para criar Úrsula.
O visual de Ariel foi baseado na esposa do animador Glen Keane e na atriz e roteirista Sherri Stoner
A escolha do cabelo ruivo da personagem deu-se porque ela passava vários momentos do filme em cenários escuros, o que inviabilizava um tom amarelo (predominante entre as heroínas da Disney). A cor da cauda da sereia é "Ariel", pois o tom verde-azulado é exclusivo dela.
"A Pequena Sereia" foi lançada pouco depois de Splash, uma sereia em minha vida, filme que fez um sucesso estrondoso no mundo todo. Como Daryl Hannah era loura, a Disney sentiu a necessidade de criar algo totalmente diferente para Ariel, daí o cabelo vermelho. A ideia da cauda verde foi para criar um contraste entre as cores e dar a sensação de energia vibrante, coisa natural para uma menina de 16 anos.
Fonte: Wikipedia e DVD Edição Especial "A Pequena Sereia".
Após perceber o grande sucesso, a Disney lançou outro filme em 1991 que obteria igual sucesso. Desta vez a princesa era igualmente independente, culta, forte e curiosa e se apaixonou por uma fera.
A Bela e a Fera - 1991
Uma vez mais Alan Menken e Howard Ashman se encarregaram da trilha do filme.
Little Town - Belle - Canção de abertura do filme A Bela e a Fera
Something There- Cantada por Bela e a Fera
A música deste filme é extremamente forte, pois a história é cheia de altos e baixos, momentos felizes e de preocupação, e todos os sentimentos dos personagens são claramente percebidos pelas variações musicais.
Com a Bela e a Fera a Disney teve uma ideia que começou a garantir-lhe mais Oscars: começou a chamar grandes nomes da música para cantar a música-tema, que depois tocaria por meses no rádio mundo afora.
Para este clássico os escolhidos foram Peabo Bryson, querido da música americana e uma até então desconhecida para o público brasileiro...Celine Dion.
Beauty and The Beast - Original Soundtrack Theme - Celine Dion e Peabo Bryson
A partir deste momento, todos aqueles que amavam estes filmes começaram a esperar pelo próximo. A Disney teve uma produção muito intensa durante os anos 90, lançando quase um filme por ano. O filme faturou vários prêmios, entre eles: Oscar:
Melhor trilha sonora
Melhor canção original - "Beauty and the Beast"
Globo de Ouro
Melhor musical
Melhor trilha sonora original
Melhor canção original - "Beauty and the Beast"
Grammy:
Melhor álbum infantil
Melhor performance musical pop por um grupo ou dupla - "Beauty and the Beast"
Melhor composição instrumental composta para um filme
Melhor canção escrita especialmente para um Filme ou Televisão - "Beauty and the Beast"
Melhor performance instrumental pop - "Beauty and the Beast".
Curiosidades:
Na cena em que Gaston cai do monte, em seus olhos é possível enxergar rapidamente uma caveira, se pausarmos o vídeo. Isso só foi descoberto após o lançamento do filme em DVD, pois os vídeo-cassetes não pausavam a imagem. A Disney disse que a imagem foi apenas uma forma de mostrar a morte sem expor as ceianças a cenas traumáticas, o que aconteceu em O Rei Leão, três anos mais tarde, quando o cadáver de Mufasa é exposto.
Embora o visual de fera lembre mais um cão, seus atos o mostram como um gato. Ele balança a cauda quando está nervoso, consegue dar saltos grandes...
Seguindo a Bela e a Fera, chegou a vez de reinterpretar mais um clássico das histórias infantis: Aladdin, o ladrãozinho que rouba o coração da filha do Sultão.
Aladdin - 1992
Em 1992, a Disney criou a sua versão de Aladdin, levando a magia do oriente para as telas. Foi um filme diferente em vários aspectos, a começar pelos tons desérticos usados para criar a ambientação do filme. Os personagens principais eram a princesa Jasmin e Aladdin, mas o Gênio, criado para ser um personagem secundário, roubava a cena sempre que aparecia.
Uma curiosidade é que ele foi dublado por um dos comediantes mais queridos dos Estados Unidos, Robin Williams, que não queria que seu nome aparecesse por conta de outro projeto que estearia na mesma época com seu nome. Seguramente, quem viu esta animação se lembra primeiro do Gênio, e só depois dos outros personagens.
Este desenho faturou mais de US$ 217 milhões nos EUA e mais de US$ 504 milhões ao redor do mundo, mantendo o sucesso das animações da casa. Foi o filme mais bem sucedido do ano!
A trilha sonora foi mais uma vez criada pelos premiados Alan Menken e Howard Ashman, além de contar com o talento de Tim Rice, que substituiu Ashman após sua morte. Friend like Me - Cantada pelo Gênio
Prince Ali - Cantada pelo Gênio
A Whole New World - Peabo Bryson e Regina Belle Música tema do filme Aladdin
Aladdin, seguindo a tradição de seus antecessores, foi igualmente premiado.
Oscar:
Prêmios:
Melhor trilha sonora - A Whole New World
Melhor canção original - A Whole New World
Indicações:
Melhor canção - Friend like me
Edição e mixagem de som - Terry Potter, Mel Mercalfe, David J. Hudson e Doc Kane
Globo de Ouro:
Prêmios:
Melhor canção original - A Whole New World
Melhor trilha sonora
Prêmio Especial para Robin Williams
Indicação:
Melhor comédia / musical
Annie Award:
Melhor longa-metragem de animação
MTV Movie Awards:
Melhor desempenho cômico de Robin Williams
Prêmio Saturno:
Melhor filme de fantasia
Melhor desempenho de um jovem ator
Ator coadjuvante
Los Angeles Film Critics Association:
Melhor longa-metragem de animação
Grammy:
Melhor álbum de trilha sonora
Canção do Ano -A Whole New World
Melhor performance pop por um duo ou grupo com vocais -Peabo Bryson e Regina Belle
Melhor canção -A Whole New World
Curiosidades:
Quando lançado em vídeo (VHS - em 1° de outubro de 1993), vendeu na primeira semana 10,6 milhões de cópias. Em 30 de abril de 1994, quando se encerraram as vendas, foram contabilizadas 25 milhões de cópias vendidas;
Um dos versos da canção de abertura "Arabian Nights" foi alterado por conta de protestos do Comitê Árabe-americano Antidiscriminação. A letra foi modificada em julho de 1993 de "Onde eles cortam sua orelha caso não gostem do seu rosto" para "Onde é plana e imensa e o calor é intenso". A alteração pode ser vista pela primeira vez no lançamento em vídeo de 1993. A letra original manteve-se intacta no lançamento da primeira versão da trilha sonora do filme, mas em seu relançamento a versão editada foi utilizada. A regravação utiliza a voz original em todos os outros versos e, em seguida, uma voz visivelmente mais grave canta o verso editado. Por conta deste incidente, a Entertainment Weekly classificou Aladdin como um dos filmes mais controversos de todos os tempos.
Esta também foi a animação que mais deu frutos. Vários produtos licenciados (até jogos de vídeo game) e continuações em VHS e para TV foram criadas.
O último clássico do qual vou falar é O Rei Leão. Não há filme na história da Disney que nos faça chorar mais do que esse. Eu fiquei traumatizada com a morte do Rei, jajajaja!!!
Não foi somente a história, extremamente tocante, nem as imagens - o ápice da qualidade - que tornaram este um dos filmes mais importantes da história da Disney. O grande trunfo foi a trilha, composta e cantada (músicas tema) por ninguém mais, ninguém menos que Sir. Elton John. Não tinha como dar errado, e a qualidade foi tão grande que virou até musical da Broadway.
O Rei Leão - 1995
Circle of Life - Abertura do filme
A versão Broadway. O vídeo abaixo é de uma apresentação para a BBC de Londres (escolhido pela qualidade da imagem), mas procurem as versões dos teatros da Broadway no Youtube. A vibração do público ao começo é impressionante, ainda mais em se tratando de americanos, sempre tão comedidos. É a força da música.
Hakuna Matata se tornou um hino à amizade e todo mundo sabia cantar... Hakuna Matata - Timão e Pumba - The Lion King
Esta música tocou por meses incessantemente no rádio e todo mundo parava para ouvir. É linda, como o próprio filme.
Can you feel the love tonight - Elton John - The Lion King Original Soundtrack
Mais um grande premiado! Entre eles:
Oscar:
Melhor trilha sonora - Hans Zimmer
Melhor canção original - Can you feel the love tonight
Ainda foram indicadas as canções "Circle of Life" e "Hakuna Matata"
Globo de Ouro:
Melhor filme - The Lion King
Melhor trilha sonora - Hans Zimmer
Melhor canção original - Can you feel the love tonight
Ainda indicada a canção "Hakuna Matata"
Bafta:
Melhor trilha sonora - Hans Zimmer
Melhor som - David Hudson, Mel Meltcafe e Terry Potter
Curiosidades:
Mais de 800 artistas em três continentes trabalharam por três anos para realizar O Rei Leão;
Quando "O Rei Leão" estreou nos cinemas japoneses, houve uma acusação de que o desenho da Disney havia plagiado o desenho animado japonês originário da década de 60 "Kimba, The White Lion", produzido por Osamu Tezuka. Esta acusação surgiu devido a várias semelhanças entre os dois filmes, como o nome do personagem principal (Simba e Kimba), as presenças de um tio malvado e um babuíno sábio e a heróica podo do rei no penhasco. Porém, tal acusação não resultou em processo porque a viúva de Tezuka declarou que estava lisonjeada de a Disney ter se inspirado no desenho de seu marido, do mesmo modo que ele se inspirava nos desenhos antigos da Disney para realizar seu trabalho;
A sequência do estouro da manada de gnus, que dura certa de três minutos (com as canções The Stampede e Chow Down!), demorou dois anos para ser concluída, com o uso de imagens geradas por computador;
A morte do rei Musafa foi a primeira morte de um personagem da Disney assistida pela platéia, Em Bambi (1942) a mãe do protagonista foi morta por um caçador, mas não era ilustrada;
O Rei Leão não apenas se tornou um dos filmes mais populares de todos os tempos, mas também marcou o ponto alto da chamada "Era de Ouro da Disney", na década de 1990.
Para mais curiosidades sobre este filme, clique aqui.
Os filmes da Disney se tornaram tão importantes na cultura mundial que suas princesas se tornaram verdadeiros ícones de moda, a ponto de terem um look constantemente atualizado e até copiado mundo afora. Vai me dizer que você nunca quis ter os cabelos da Ariel?
Imagem encontrada no Pinterest
Recentemente a artista plástica japonesa Sashii-Kami, redesenhou os looks das princesas da Disney baseando-se em grandes nomes da moda. Foi assim que Bella vestiu Lanvin; Mulan caiu de amores por Givenchy e Cinderella atualizou o estilo com Marchesa.
Mas não foram só elas! Como os vilões e vilãs são movidos pela inveja, resolveram seguir a mesma onda e mudar seus trajes para algo mais atual. O mais legal é que alguns vilões masculinos foram transformados em mulheres, como Gaston (A Bela e a Fera) e Jafar (Aladdin).
Decidi fazer este post porque além de canções belíssimas e importantes no mundo do cinema e da música (são referência para quem faz cinema de animação) por sua altíssima qualidade, estes não deixam de ser filmes cheios de magia, que continuarão por muitas gerações povoando a imaginação das crianças e encantando todos aqueles que alguma vez conheceram estas histórias.
Não importa se você viu um destes quatro filmes, ou ainda se se encantou com Branca de Neve e os Sete Anões, Cinderela, A Bela Adormecida... A magia faz parte de você :)