quarta-feira, 31 de outubro de 2012

No meio da minha vida tinha Carlos Drummond de Andrade





Tudo começou ainda na infância, quando desde pequena eu ouvia meu pai perguntar a um tal de José o que deveria fazer quando tinha algum problema, ou mesmo só por perguntar;

Logo eu aprendi a ler e fiquei intrigada com aquela menininha que no restaurante queria porque queria comer uma lasanha com o pai, mas ele sempre se negava, até ser vencido pelo poder ultrajovem;

Mais tarde, lá pela sexta série, ele ajudou a convencer minha professora de português de que eu poderia usar o verbo "ter" ao invés do verbo "haver" para dizer que tinha alguma coisa em algum lugar. Drummond tinha me dado licença poética;

Já adulta, no teatro, ele me deu o braço, conversou comigo e me entregou histórias para dividir com o público, como aquela das duas moças ao telefone que têm uma grande conversa começada num engano.

Cada dia uma palavra, cada dia algo mais para aprender com ele.

Obrigada ao mestre Carlos Drummond de Andrade por tantos causos, contos e poesias que me acompanham e ainda hão de me acompanhar por toda a vida.

Felizes 110 anos de palavras bonitas!


Para saber mais:

Os poemas e contos citados foram:





Quando me apresentei no teatro pela primeira vez, interpretei contos de Drummond. Foram vários. O meu foi Diálogo de todo dia, mas muitas outras histórias interessantes que interpretamos eu e meus colegas vos apresento aqui. Vale a pena contá-las e relembrá-las. Contos de Minas, de gente como a gente.



Um dia cheio de poesia para vocês!

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