Pensando no que fazer com tantas sobras de material, Pascale resolveu soltar sua imaginação e começou a criar pequenas peças com o material que sobrava nas fábricas. Restos de couro, carrés com pequenas manchinhas, louças com pequenas falhas, nada era desprezado por ela. Com a ajuda de Gilles Jonemann, ourives da marca, novos objetos foram surgindo. As peças eram tão lindas que Pascale tomou coragem e há um ano e meio apresentou-as à sua família.
Alguns dos objetos trabalhados: couro vira bicho, lenço vira almofada, canecas viram suporte para luminária...
A aceitação foi tão grande que o projeto literalmente ganhou espaço, mais específicamente um QG em Pantin, próximo a Paris, dentro de uma das principais fábricas da Hermès.
Um pedaço de um prato bem poderia virar um lindo colar...
A ideia inicial não foi propriamente com o problema da rarefação de matéria-prima no futuro, mas esse também é um bom motivo para dar um bom uso ao material disponível. É importante lembrar que na indústria do luxo tudo deve ser perfeito para ser aprovado pelo controle de qualidade, o que faz com que uma peça enorme de couro seja minimamente (ou possa nem ser) utilizada.
Os objetos que são reaproveitados ganharam o nome de OPNI's: objetos poéticos não-identificados. "O mais bonito é a ideia de que a imperfeição se transforma em perfeição", comenta Pascale.
A primeira linha de objetos (800 ao todo) já foi praticamente toda vendida. A segunda remessa ainda não tem data de lançamento, mas com certeza será um sucesso!
Para saber mais sobre o projeto:
Petit H
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