sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Falando de cores, Consultoria e relembrando o post de ontem

Ontem eu fiz um post sobre esmaltes e falei do verde-água. Falei e fiquei encucada. Aquela cor seria mesmo a cor que eu disse que era? Quando cheguei em casa, peguei o vidro de esmalte, a revista Elle, o anúncio da Arezzo e as minhas paletas sazonais para analisar cor por cor.

Primeiro olhei os tons de azul e como eu desconfiava, nenhum bateu com os tons analisados. Depois passei para os verdes e novamente a mesma confirmação. Foi aí que tentei os tons turquesa, que estão entre o azul e o verde e encontrei na paleta inverno o tom perfeito!

Explicando para quem não conhece: o Consultor de Imagem, antes de definir um guarda-roupa para seu cliente, precisa fazer algumas análises da pessoa. Fazemos entrevistas para conhecer seu ritmo de vida, seus gostos e seus hábitos. Depois disso, fazemos um estudo do tom de pele. Não é simplesmente dizer "você é branco, você é negro, você é pardo", a coisa vai mais além. Nós analisamos o subton de pele com o material apropriado (lupa e lâmpada especial, por exemplo) e definimos em qual estação a pessoa se encontra. Assim como na natureza, temos o Inverno e o Verão que são as estações de cores frias (ex: subton de pele azul) e o Outono e a Primavera que são as estações de cores quentes (ex: subton de pele dourado). Nada impede que uma pessoa branca e loura e outra pessoa negra de cabelos pretos sejam azuis. As duas também poderiam ser douradas. Isto depende de alguns elementos biológicos. Mais adiante farei um post explicando direitinho como isso funciona.

Esta explicação foi para dizer que cada estação tem sua Paleta Sazonal, uma cartela de cores que realça o tom de pele da pessoa. Para dar um exemplo de como isso funciona, vou contar algo que aconteceu comigo.

Eu sempre gostei de vermelho. É a minha cor preferida, sem sombra de dúvida. Sempre usei roupas neste tom e há uns anos atrás comecei a usar batom vermelho em algumas ocasiões. Tinha ganhado um do meu pai, lindo! da Helena Hubenstein. O problema e que eu passava o batom e não gostava. Sempre achava estranho. Era um vermelho mais aberto e nunca ficava à vontade. Dei o batom prá minha mãe e ela ficou linda. Achei que batom vermelho não era prá mim.

Os anos se passaram e decidi que eu encontraria um batom vermelho que me caísse bem. Comprei vários, testei os da minha mãe, fuçei até encontrar um que me atendesse. Consegui um cereja da Maybelline. Ficou perfeito e todo mundo elogia quando eu uso. Foi aí que me caiu a ficha: prá mim vermelho é frutado, fechado, puxando pro vinho. Tons abertos e mais alaranjados não me caem bem. Quando comecei o curso de Consultoria e descobri meu tom de pele, vi que eu estava correta: verdes escuros, fúcsias e rosas pálidos, vermelhos, borgonhas, púrpuras e azuis claros me caem bem. Aí eu descobri outra coisa. As pessoas naturalmente percebem as cores que as valorizam mais e as que não. Isso não é unanimidade, mas a maioria consegue distinguir. Não sabem explicar bem o por quê, só dizem que gostam ou não desta ou daquela cor. Bacana, né?


Então voltemos ao esmalte lá de cima. Depois de muito pesquisar, vi que a cor é na verdade um tom turquesa. Não é o que a gente lembra imediatamente quando pensa na cor. Turquesa geralmente vem mais azulado à memória. Este é realmente mais esverdeado, aquoso, diferente do turquesa que bombou no último verão. Moda é assim mesmo, as coisas vão sofrendo mutações até se transformarem em outras. O ser humano não gosta de mesmice, precisa ter sempre novidade e é por isso que a moda é tão inconstante. Hoje é rocker, amanhã é rockabilly depois de amanhã é lady like, porque a gente cansa de tanto preto e cabelo chapado. Depois a gente vai achar graça no topete e nas ondas e por fim detestaremos as caveiras e amaremos os corações e os laços.

É por isso que corrijo a última frase do post de ontem: Turquesa e verde-água... Invista já!

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