Não é que eu esteja dizendo que sou um ícone de estilo. Eu não sou mundialmente conhecida. O que eu quero falar hoje é outra coisa.
Ontem estava procurando uma foto 3x4 para um documento e ao invés de uma só, encontrei várias fotos que tirei ao longo da vida. Comecei a observá-las, me lembrando de alguns daqueles momentos, de onde eu estava, de como era minha vida, e fui vendo como o estilo pessoal marcava cada tempo da minha vida. Comecei criança , tão pequena ainda e já decidindo o que queria ou não.
Se vocês repararem bem, a roupa está amarrada na frente, porque ela era meio solta e eu não gostava. Minha mãe disse que eu reclamava até amarrarem a aba para não me incomodar. Já sabia que não gostava de nada sobrando nem nada muito solto, que pudesse revelar o que não devia :)
Aos 7 anos, a franja de Xitãozinho e Xororó que foi moda nos anos 80. Me lembro de ter atazanado minha mãe até que ela me levou para cortar o cabelo. Esta é uma das minhas maiores características: não permanecer muito tempo com o mesmo corte de cabelo nem a mesma cor.
Aos 20 anos, muita cor! Nem todo mundo gosta de misturá-las, mas aqui eu tinha uma blusa amarela, com um bolero verde musgo e um colar vermelho. Minha fase mais mexicana. Ousadia na escolha das cores é outra das minhas marcas registradas.
Finalmente a mais recente, com 29 anos. Cabelo mais comportado, acessórios mais delicados porque a echarpe chamava muito a atenção. Isso mesmo, o que vocês vêem não é uma blusa, mas uma echarpe composta de umas sete cores diferentes. Dobrada virou uma gola. Outra característica: transformar o uso de peças e acessórios.
O que estas fotos mostram é que o tempo nos constrói. Nosso estilo é criado a partir das nossas influências, das pessoas que nos criam, dos nossos amigos, da música que ouvimos... Tudo isso, de uma forma ou de outra, acaba sendo refletido na imagem que apresentamos ao mundo.
Essas são as minhas fotos, o retrato de quem eu sou. Quais são as suas?
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