terça-feira, 8 de maio de 2012

Radiola Moderna: the Dears

Queridos leitores! 

Hoje é terça, dia de mais um Radiola Moderna e temos surpresas! Estreia do meu mais novo colaborador : Humberto Teixeira!

Beto é músico, conhece muito sobre o assunto (está sempre procurando e pesquisando novas bandas) e também é baixista na banda The Us, novidade que logo logo estreia nos palcos de BH. E para quem reconheceu o nome, sim, ele era o vocalista da banda Carolina Diz!

O mais legal é que o Beto também é amigo do Leo Ramos, nosso querido colaborador, podemos dizer até que o pai do Radiola, por ter sido o primeiro autor dessa seção. É por isso que estamos todos entre amigos aqui. Bora conhecer a banda que o Beto trouxe prá gente?


The Dears




Conheci o The Dears em 2004, época do lançamento de seu segundo álbum: o inacreditável No Cities Left.

Mas, espere! Antes de achar inacreditável, a primeira coisa que me chamou a atenção quando ouvi a primeira faixa, foi o fato do vocal de Murray Lightburn lembrar demais um dos meus maiores ídolos, o Morrissey.

A princípio, uma certa antipatia, que me é peculiar quando ouço artistas novos com timbres de vozes parecidos com grandes nomes da música, assim como Matthew Bellamy do Muse está para Thom Yorke do Radiohead. Mas, muitas vezes, tudo é uma questão de costume e reconhecimento. Tanto o Dears quanto o Muse têm muita personalidade. 

O Dears é uma banda canadense considerada indie (só pra ficar mais fácil de rotular) e pouco conhecida por essas terras. A banda já fez turnês pelo Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Austrália e foram diversas vezes aclamados e altamente premiados pela grandiosidade dos seus shows.

Voltando ao disco, depois de ouvir por semanas ininterruptamente, cheguei à conclusão de que há tempos não ouvia uma música feita com tanto esmero e com arranjos tão impecáveis – daqueles que arrancam lágrimas e suspiros sem aviso prévio.

Para se ter uma idéia da sonoridade da banda, misture Serge Gainsbourgh com Morrissey, David Bowie e Marvin Gaye, acrescente umas gotas de Pink Floyd e umas pitadas de rock inglês dos anos 80. Imagine!

Saí desesperado internet afora procurando por mais material e descobri que, além do 1º disco End of a Hollywood Bedtime Story, de 2000, eles tinham 2 EPs – o Orchestral Pop Noir Romantique, de 2001 e o Protest, de 2002 – lançados no intervalo entre os dois primeiros álbuns, além da compilação Nor the Dahlias: The Dears 1995-1998, lançada em 2001. Esses materiais são tão difíceis de achar que só os encontrei recentemente.

Depois vieram mais alguns petardos : Gang of Losers, de 2006, Missiles, de 2008 e o recente e mais inacreditável ainda Degeneration Street, de 2011.

Gang of Losers segue a linha do anterior, com arranjos igualmente grandiosos e algumas poucas experimentações que já eram sentidas nas composições. Missiles é melancólico, deprimido, sufocante e pessimista, tanto que, logo após a gravação deste, a banda se dissolveu quase que completamente. Desacreditados, apenas os cônjuges e fundadores Murray Lightburn (voz, violão e guitarra) e Natalia Yanchak (voz e teclados) seguiram adiante. Após um hiato de 3 anos, lançam o Degeneration Street, que é um álbum épico, monumental,  um retorno sólido e otimista da banda para alegria e alívio dos fãs.

Sem exagero e sem dúvida, The Dears é uma das maiores e melhores bandas desconhecidas da história do rock. E tenho dito!

Ouça e entenda o porquê da minha babação :D

Cheers!

Abaixo, 4 singles dos últimos 4 álbuns

22 : The Death Of All The Romance  - No Cities Left



Ticket To Immortality - Gang of Losers



Money Babies - Missiles



Omega Dog - Degeneration Street





Download


End of a Hollywood Bedtime Story - 2001
http://www.mediafire.com/download.php?h3rz4tb6l9xtwnm


No Cities Left - 2004




Gang of Losers - 2006




Missiles - 2008




Degeneration Street - 2011





Humberto Teixeira
Baixista na Banda The Us 

Bem-vindo, Beto! Que alegria tê-lo aqui no blog com a gente! 


Leitores queridos, até amanhã, e terça tem mais Radiola!

3 comentários:

  1. Obrigado! Fico muito feliz de poder contribuir com esse blog tão chique! E falando do que eu mais gosto.
    Espero que esta seja apenas a primeira de muitas colaborações.

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  2. Pode ter certeza que sim ;)
    Obrigada, Amor!
    (Para quem não sabe, o Beto é meu namorado!)

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